Hoje foi dos raríssimos dias em que mudei consultas em prol de algo maior! Os meus “miudos e miudas” sabem que apenas em casos “graves” falto ao compromisso que com eles assumi: estar ao seu lado no seu percurso para os ajudar a melhorar.
Mas hoje algo maior se levantou. Tive de ir aplaudir de pé alguém que no meu percurso de formação também esteve a meu lado, para me ajudar a melhorar.
O Prof. Dr. José Duarte, teve hoje a sua cerimónia de “despedida” oficial das lides docentes. A aposentação chegou mas não a inquietude com que nos habituou desde que o conhecemos.
Contudo, só hoje conheci outras facetas do Zé, como o trato desde que mo permitiu, porque a consideração e admiração será sempre do professor com quem muito aprendi.
Sabia que gostava da pesca, do seu interesse na matemática, na informática, na programação, para a boa disposição. Mas toda uma vida profissional mas também pessoal, passou em retrospectiva aos presentes do anfiteatro onde me sentei muitas vezes enquanto aluno da Escola Superior de Educação de Setúbal. Com bigode, a jogar andebol, como membro de coros, como poeta, como realizador de boletins (e muitos que foram),…, mas sobretudo como pessoa. É esse o lado que habitualmente desconhecemos dos nossos professores. O lado da pessoa que são e não apenas dos profissionais que manifestam. Se melhor conhecêssemos o Zé, perceberíamos porque iniciou desta maneira.
Nesse mesmo anfiteatro, hoje tive o privilégio de me cruzar com outros professores marcantes no meu percurso. O prof. Luis Souta que sentado ao meu lado fez questão de se levantar e me cumprimentar, a prof. Helena Simões, a prof. Leonor Saraiva, o prof. Filipe, a prof. Carla Cibele. Depois outros que, mesmo não tendo passado pela minha formação, contacto de forma curiosa como o prof. Mário Figueiredo, o João Torres, a Zizá, a Catarina, a Joana. Foi o reencontro e a troca de impressões muito curiosas com eles.
O Zé na sua reflexão da sua vida profissional, fez alusão a uma experiência curiosa que retrata algo que defendo para os meus “gaiatos”. Sobre uma matéria de matemática referiu desta maneira ” Aprendi a conhecer quando tive de ensinar”.
Como estar e aprender com o Zé é sinónimo de boa disposição, a ESE preparou uma surpresa que também a mim me surpreendeu e contagiou. Uma música cantada ao vivo com o seu percurso, devidamente acompanhadas pelos seus momentos altos.
Não resisto a aqui partilhar tão bonito momento que amadoramente captei.
[youtube http://www.youtube.com/watch?v=qXNuxOCzEhA]
O Zé, que no momento de se aposentar, me desafiou para mais um encontro num futuro breve, desvenda que o seu “fim” ainda está longe, mantendo a atitude inquieta que o caracteriza.
Aquele abraço Zé
Obrigado