Ajudar alunos com “Dificuldades de aprendizagem” – Ponte de Sor
No passado sábado rumei a Ponte de Sor para dinamizar a formação “Como ajudar alunos com dificuldades de aprendizagem recorrendo a materiais do dia a dia”. Em parceria com a Associação Caminhar e apoio da Autarquia de Ponte de Sor, com a minha formadora convidada Diana Coelho lá estivemos com um dia de formação para um grupo vasto, diversificado mas muito interessado. Que postura é mais adequada para trabalhar com alunos com dificuldades de aprendizagem? Que materiais e estratégias usar para alunos com dislexia, disgrafia, disortografia e discalculia? Como motivar alunos que sabem que vão ter de trabalhar mais que os outros colegas? De que forma envolvemos as familias e restante comunidade que intervém com estes alunos? Estas foram algumas das muitas perguntas que se abordaram num sabado com sol que permitiu sair para o exterior e experienciar dinâmicas que se possam replicar com os alunos para tornar a aprendizagem mais significativa e divertida.
Com o Alvim na Antena3

Ontem foi dia de voltar à Antena3 para uma animada conversa com o Fernando Alvim. Boa disposição com abordagem de diversos temas, não só do meu livro mas também sobre educação, escola, perspectivas parentais, e afins como é típico do Alvim. Sempre bem recebido e acolhido por este senhor já com 15 anos de “Prova Oral” na Antena 3. Para ouvir clique aqui
Formação “Ajudar alunos com Dificuldades de Aprendizagem” no Porto e Lisboa

A semana passada foi dedicada à “Ajudar alunos com Dificuldades de Aprendizagem” com a ajuda da Diana T. Coelho. Um grupo no Porto no AtmosferaM com malta bem divertida em que aproveitamos o dia de chuva para aprender e praticar novas estratégias e materiais para ajudar alunos com dificuldades de aprendizagem. Já em Lisboa tivemos inscrições suficientes para realizar 2 grupos. Na 5ªf e 6ªf juntamos um conjunto de professoras, psicólogas, educadoras, técnicas de educação especial com interesse em aprender mais para melhor intervir. Quem conhece a minha abordagem pedagógica sabe que a diversão é minha companheira de trabalho e de formação. Brincar, aprender, divertir, meter “mãos na massa” e esmiuçar materiais, dar-lhes novos usos foram o mote para que a criatividade pudesse florescer e levar ideias para a prática dos participantes no seu dia a dia.
DN – Os pais devem estudar com os filhos: sim ou não?

A pedido da jornalista Sofia Teixeira participo neste artigo do Diário de Notícias e Jornal de Notícias no suplemento Notícias Magazine. Em colaboração com a Magda Dias abordamos o nosso olhar sobre o posicionamento dos pais na ajuda escolar dos filhos. “O terceiro período está a chegar e é decisivo para o sucesso escolar dos seus filhos. Ver o desastre iminente e não fazer nada é difícil, mas devem os pais ajudar os miúdos a fazer os trabalhos de casa e estudar com eles para os testes ou deixá-los por conta própria? A resposta pode resumir-se com um «no meio está a virtude», sendo certo que esse meio-termo nem sempre é fácil de encontrar. Andreia Reis senta-se algumas vezes por semana ao lado de Tomás, de 6 anos, para supervisionar os trabalhos de casa. Tomás ainda tem poucos trabalhos e a mãe costuma deixar que ele escolha quando quer fazê-los, tentando apenas que não adie demasiado. O pequeno é despachado e a mãe acompanha-o lendo o que é solicitado e pedindo uma correção aqui e outra ali, sobretudo para o incentivar a melhorar a letra. O filho entrou no primeiro ciclo e a única dificuldade que Andreia lhe deteta é a de conseguir ficar sentado. «Sempre tive uma imagem muito idílica do início da escola, dele a fazer os trabalhos comigo ao pé e tudo a correr muito bem. Mas a verdade é que às vezes eu própria fico impaciente, porque ele está sempre a querer levantar-se, não se concentra, arranja mil e uma desculpas para dispersar a atenção.» O apoio que é necessário ou desejável por parte dos pais no que respeita ao estudo tem uma relação direta com a idade e com a maturidade Até ver, e apesar da agitação na altura de fazer os trabalhos, o filho está a sair-se bem. A mãe gosta de puxar por ele de forma lúdica: «Sentamo-nos à mesa e leio um livro com ele, fazemos jogos de palavras, brincamos com os números, fazemos contas de cabeça. Acho que isso vale mais do que estar sentado a escrever “P” e “L” vezes sem conta.» O apoio que é necessário ou desejável por parte dos pais no que respeita ao estudo tem uma relação direta com a idade e com a maturidade: a autonomia na realização de qualquer tarefa é um processo gradual que, de início, tem de ser ensinado e treinado. «Tal como uma criança não aprende a arrumar o quarto se não for ensinada e ajudada, o mesmo acontece com o estudar», defende Magda Gomes Dias, formadora certificada na área da inteligência emocional, educação positiva e coaching e conhecida pelo blogue Mum’s the Boss. Há quem chame os pais-helicópteros, aqueles que estão sempre a girar em torno dos miúdos e que frequentemente, acabam por lhes comprometer a capacidade de ser autónomos. «É natural que quando a criança começa a escola ainda não saiba como fazer isso, pelo que é importante ajuda, de forma a criar bases de estudo, organização e disciplina.» Ou seja: ajudar nos estudos faz sentido antes de lhes ensinarmos estas competências, mas também é importante perceber quando é altura de parar. «Quando as competências estão apreendidas, devemos assumir que é responsabilidade deles», explica a coach. Como em quase todos os temas que envolvem a educação dos filhos, há alguns extremos. Num deles, os pais que chegam a casa e veem todos os dias com os miúdos o que eles deram na escola, vigiam os TPC, ajudam a fazer trabalhos que contam para a nota e estudam com eles para os testes. A estes, há quem chame os pais-helicópteros, aqueles que estão sempre a girar em torno dos miúdos e que frequentemente, com a melhor das intenções, acabam por lhes comprometer a capacidade de ser autónomos. Por outro lado, há os que se distanciam e declaram: «Eu já fiz a escola, agora esse é o teu trabalho, eu também tenho o meu.» E a estes há quem chame desleixados e os responsabilize pelo insucesso dos miúdos. Como aconselha o bom senso, é no meio-termo que está a virtude: não é benéfico assumir as responsabilidades deles, mas é importante acompanhar, perceber as dificuldades e motivar. «Todo o apoio deve ser pensado para não pecar por excesso, o que provoca um alhear dos alunos no processo porque há sempre alguém a ajudar, nem por défice, fazendo o estudante sentir-se desamparado», defende Renato Paiva, diretor da Clínica da Educação e da Academia de Alto Rendimento Escolar WOWSTUDY, autor de vários livros sobre o estudo dos mais novos. Ainda assim, o autor defende que estudar com eles ou ajudar a fazer os TPC, passada a fase de adaptação à escola, não é boa opção. «Os pais podem ser um auxílio em alguma dúvida, dar orientação, mas nunca serem companheiro de estudo. O estudo é, e deve ser, um ato individual que depois se socorre de auxílios, como o livro, a calculadora, a internet ou os pais», defende o autor. Não só porque é necessário fomentar desde cedo a autonomia no estudo, como por razões de ordem mais prática: «Os pais não sabem todas as matérias nem são capazes de acompanhar todos os anos. Além disso, não é só preciso saber da matéria, mas também saber explicar de forma correta.» Fazer os resumos para os filhos, por exemplo, pode parecer uma ajuda, mas é na realidade complicar-lhes a vida, pelo menos a médio prazo. A segunda atitude, de «não querer saber», defende que já esbarra no desleixo, porque a autonomia é, antes de mais, dar condições para o desenvolvimento dessa mesma autonomia. E isso passa pela necessidade inicial de algum apoio e, sobretudo, pelo interesse. Marta Simões, mãe de Diogo, de 11 anos e Joana, de 9 anos, alinha neste equilíbrio. «Eles sabem que a responsabilidade é deles e a minha participação funciona como uma “supervisão”.» Diogo e Joana fazem os TPC sozinhos, mas sabem que podem tirar dúvidas com a mãe, que está sempre por perto, e em relação
Práticas Educativas para promoção do sucesso escolar – Ourique

A convite da autarquia de Ourique dia 18 estarei neste encontro para abordar a indisciplina. Que influência têm no sucesso académico e que estratégias podemos usar para minimizar seu impacto. Estarei bem acompanhado. Se estiverem por perto inscrevam-se, é gratuito
De volta à Renascença

Hoje foi dia de voltar à conversa com uma amiga. A Carla Rocha recebeu-me no seu programa da manhã para falarmos de pedagogia e do meu novo livro. Levei também uma convidada especial, a minha filhota voltou à Rádio com o seu entusiasmo e, um bocadinho, de vergonha.
No Agora Nós na RTP

Hoje foi dia de ir à RTP ao programa “Agora Nós” com a Tânia Ribas de Oliveira e José Pedro Vasconcelos, falarmos sobre maneiras divertidas de interagir com os miudos. Hoje no programa os intervenientes eram adultos e divertimo-nos imenso, imagine as crianças. No livro “Desenvolva as inteligencias do seu filho” encontra mais de 250 ideias de jogos e atividades para bons momentos de diversão. Um livro que cada vez mais cativa e diverte, quem com ele relembra ideias de brincadeiras bastante úteis para fazer com os mais pequenos. Clique aqui para ver o vídeo
Com a jornalista Rita Costa na TSF Pais e filhos

Gosto do modo com que a jornalista Rita Costa finaliza a peça “Para Renato Paiva vale mais a felicidade da criança” In TSF – Ver e ouvir aqui original É possível fazer com que os miúdos não se interessem apenas por uma área? Frases como: “ele domina a matemática, mas não é bom a português” não são uma inevitabilidade. Renato Paiva, consultor pedagógico, acredita que, se as crianças se sentirem compreendidas, vão integrar com mais facilidade às sugestões do outro. “O outro pode ser um pai que possa sugerir um jogo em que ele perceba que obviamente há alguma coisa que tem a ver comigo, que me diz respeito e me deixa feliz, mas também há uma parte numa zona de maior desconforto que precisamos de trabalhar para ter um desenvolvimento mais harmonioso”, afirma Renato Paiva. “Há quem queira desempenhos de excelência e se ele é bom a música vai ter só música e ponto”. Mas para Renato Paiva, há um desenvolvimento mais harmonioso e global, mais interessante do que apenas o desempenho ótimo e exclusivo numa determinada área.
Apresentação novo Livro Lisboa e Porto

Foi com imenso prazer que pudemos encher a Bertrand das Amoreiras e a Fnac do Norteshopping com amigos e interessados em ouvir falar um pouco sobre Educação e sobre meu novo livro. Com o Eduardo Sá em Lisboa com a Magda Dias e a Mariana D’Orey no Porto, os risos fora mais que muitos, as reflexões e o sentimento de partilha foi marcante. O livro tem acolhido críticas muito positivas e entusiasmantes. Desejo que seja uma ferramenta que ajude as pessoas a poderem desfrutar mais e melhor tempo de qualidade com os filhos.
Artigo no Diário de Notícias

A pedido da jornalista Joana Capucho uma colaboração neste artigo do Diário de Notícias de dia 11 de Março. Sabia que existem vários tipos de inteligência? Jogos em família podem estimular as crianças a desenvolver as suas capacidades “Desenvolva as inteligências do seu filho.” É este o desafio lançado por Renato Paiva no seu mais recente livro, em que apresenta 250 jogos e exercícios para estimular a criatividade e a curiosidade dos mais novos. Com base na teoria de Howard Gardner, professor da Universidade de Harvard, Renato Paiva defende que “cada criança é um ser único com um perfil de combinação das diferentes inteligências”, que evolui através das experiências e da estimulação. “Apesar de podermos ter de base uma predisposição genética para um determinado tipo de inteligência, a estimulação, as experiências e as valorizações sociais são condicionantes para que estas se desenvolvam ou fiquem latentes”, defende o diretor da Clínica da Educação. A teoria admite a existência da inteligência linguística, lógico-matemática, visuoespacial, corporal cinestésica, musical, intrapessoal, interpessoal e naturalista. E ninguém melhor do que os pais saberá identificar quais as que mais se destacam nos filhos: “O que fazem eles quando ninguém lhes pede que façam alguma coisa? A que gostam de brincar? Como se divertem? Como preferem ocupar o tempo? O que adoram fazer? De que falam?” Não existem, no entanto, receitas. “Se quisermos ter um desempenho de excelência numa determinada área, a estimulação das mais desenvolvidas cria um desempenho ótimo, como Mozart, como Ronaldo, que treina todos os dias. Mas também podemos optar por ter um perfil mais homogéneo estimulando as inteligências menos evoluídas”, sugere o consultor pedagógico. Renato Paiva defende que os pais devem sempre “puxar pelas áreas mais fracas através das mais fortes. Por isso é importante que as atividades sejam diversificadas para que as diferentes inteligências interajam, se entreajudem e se desenvolvam”. Para potenciar essas inteligências, o coach pedagógico de alto rendimento escolar diz que não são necessários materiais específicos ou estruturados. A ideia é “incentivar as famílias a entreterem-se juntos, a jogar, a rir e a divertir-se em família”. Inteligência linguística Brincar com as palavras e com os sons através de trava-línguas, ouvir histórias e uma “boa conversa” são formas de desenvolver a inteligência linguística dos mais novos. Assim como o jogo do silêncio. “A regra é não usar palavras (orais ou escritas), apenas sons, gestos e expressões. Vale entrar em brincadeiras tontas e dar umas boas gargalhadas à conta da dificuldade que sentimos em compreender as mensagens uns dos outros”, propõe. Com vista à estimulação da inteligência visuoespacial, Renato Paiva sugere, por exemplo, o jogo “que desenho fiz?”, que consiste em “desenhar com o dedo nas costas da criança para que esta adivinhe o que desenhou”, ou “desenhar sem tirar o lápis do papel”. Vendar a criança e dar-lhe pistas para que encontre um objeto é outra opção. Corporal e cinestésica e musical Misturar passos e movimentos de danças diferentes, simular um robô para realizar tarefas simples ou comer uma bolacha sem usar as mãos são alguns dos desafios propostos pelo autor para divertir toda a família e desenvolver a inteligência corporal e cinestésica. Já a musical pode ser estimulada com concertos familiares ao serão – ” solos ou bandas completas” – e com o jogo “qual é a letra”, para que a criança identifique a letra de uma música. E quem é capaz de identificar mais sons? “Ao passear na rua, ou numa visita à varanda, atente aos sons que o rodeiam. Identifique os sons das folhas pela passagem do vento, do carro que buzina, dos passos das pessoas, da música que o vizinho ouve aos berros.” Intrapessoal e interpessoal A inteligência intrapessoal pode ser desenvolvida com o “registo dos momentos difíceis”. “Para as crianças ou jovens que têm dificuldade em estar sossegados, concentrados, que fazem disparates dentro da sala perturbando o seu trabalho e o de outros colegas, peça para fazerem um registo dos momentos em que isto acontece, num dos seus horários semanais. Esta autoconsciência ajudará a compreender as razões e a implementar as estratégias de melhoria”, aconselha Renato Paiva. Também pode ser benéfico falar sobre o nascimento da criança e a importância que teve para a família. Para promover a inteligência interpessoal, o diretor da academia de alto rendimento escolar Wowstudy sugere que os mais novos sejam envolvidos em “momentos de entrega específicos de bens e alimentos para quem mais precisa”, e que os pais recebam amigos em casa. “Partilhar o nosso mundo e receber pessoas para fazerem parte dele é criar memórias fortes de momentos significativos para mais tarde lembrar com carinho.” Inteligência naturalista Uma tenda, um colchão de enrolar, uma almofada e um saco-cama são os ingredientes necessários para uma experiência inesquecível. “Acampar pode significar uma aprendizagem de vida, que se torne também um estilo de vida”, sublinha Renato Paiva. “De cheiro em cheiro” é outra proposta para estimular a inteligência naturalista. Uma atividade que pode ser feita com saquinhos de cheiro, frascos de especiarias, na zona hortofrutícola do supermercado ou na rua. “Será que o manjericão cheira igual ao manjerico? E a canela em pó tem mesma intensidade de cheiro do que a canela em pau? As rosas brancas têm o mesmo aroma do que as vermelhas?” Apurar qualidades Sobre o livro, o psicólogo e psicanalista Eduardo Sá escreve no prefácio que é “um instrumento para transformar as qualidades das crianças em recursos, colocando pais e professores a crescer sempre que contribuem para que as crianças desenvolvam as suas qualidades e as apurem”. Renato Paiva dá como exemplo o compositor austríaco Mozart. “Mozart, que por certo também tinha uma grande apetência para a música, melhorou a sua inteligência musical devido à dedicação que os pais lhe impunham.” Consideramos, prossegue, que “foi uma criança-prodígio: começou a tocar piano aos 3 anos, aos 5 já compunha, aos 6 apresentava-se de olhos vendados ao rei da Baviera e aos 12 anos terminou a sua primeira ópera”. Mas, destaca o autor, “não foi simplesmente agraciado com um dom